Projeto de lei para a locação de imóvel destinado aos Correios de Ipiranga do Norte é aprovado
O Correios está em crise. Operando em saldo negativo, a estatal tem sido alvo de reclamações dos clientes, greves dos funcionários e cortes nos gastos. Diante deste cenário, a Prefeitura Municipal vem realizando o pagamento da locação comercial do Correios de Ipiranga do Norte/MT. Isto, a fim de evitar o seu fechamento no Município.
Com o término do contrato e a necessidade da sua renovação, o Executivo ipiranguense encaminhou à Câmara o projeto de lei n° 022/2018, na qual visa autorizar a locação do imóvel no período de até 5 anos. O valor mensal equivalerá a R$ 2 240,00 podendo sofrer reajustes em conformidade com a variação do IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) anual.
Em mensagem justificativa, o Executivo ipiranguense escreveu que, segundo um relatório da Controladoria Geral da União (CGU), publicado no final de 2017, os Correios correriam o risco de “se tornarem uma empresa dependente do Estado, caso não fizesse mudanças drásticas em sua administração” e que em Ipiranga do Norte, infelizmente, isto tornou-se uma realidade já há alguns anos.
“Na agência dos Correios local, essa dependência do estado, a muito tempo já é realidade, as alegações da gerência regional dos correios são bastante incômodas, uma vez que propunham que o Município continue arcando com os custos da locação do imóvel para o funcionamento da agência local ou a mesma corre o risco de paralisar suas atividades no município e voltará a ser um mero posto de atendimento”, escreve o Executivo.
A fim de não paralisar os serviços postais em Ipiranga do Norte, os vereadores aprovaram por unanimidade o projeto de lei n° 022/2018, durante a 28ª Sessão Ordinária, de 10 de setembro. Entretanto, destacam a necessidade da melhoria no atendimento da empresa estatal aos ipiranguenses. Na tribuna, o vereador Junior Federice argumentou que os ipiranguenses movimentam um grande fluxo de correspondências e encomendas através dos Correios, paga a locação e ainda não possui um carteiro, mesmo com as cobranças realizadas a anos pelos vereadores nas superintendências regionais. “Não é possível que um município desse, o sétimo maior do estado que produz soja, não conseguirmos um carteiro”, reclamou Junior.
O 2° secretário Marcos Vargas também se pronunciou em tribuna, e manifestou a reclamação dos munícipes sobre as frequentes mudanças de horário no atendimento ao público, que prejudica a rotina dos ipiranguenses. “Já que é a população que vai estar pagando o aluguel do Correio, a gente espera pelo menos respeito e que se vá fazer um trabalho digno para a população que é merecedora de todos esses serviços”, cobrou Marcos Vargas.